“Deus quer que o Seu altar seja restaurado nas famílias, nas casas”. Com esta afirmação a autora inicia a exposição do capítulo abrindo fogo contra uma batalha ainda maior: a feitiçaria e a imoralidade instaladas nas casas e que é orquestrada por um principado o qual identifica como “Jezabel”.
A autora faz uma ligação brilhante dessa guerra que envolve perversão sexual e a reprodução da espécie humana, criada à imagem e semelhança de Deus. A espécie humana, formada pelo Criador e agraciada com a capacidade de reproduzir-se em outros seres conforme a sua própria espécie, fora alvo da conspiração de Satanás que, movido de inveja, rebelou-se contra Deus e levou o homem a transgredir com o propósito de corromper a sua natureza para que toda a sua descendência fosse amaldiçoada. Valnice então dá o seu entendimento sobre o assunto:
“Toda perversão sexual, ou sexo desnatural, é a expressão máxima da zombaria do inimigo, na sua fúria e inveja, por não ter sido agraciado com o mesmo dom de cooperar com o Pai na reprodução da raça humana. Como Deus escolheu o princípio da semente para a reprodução, e a ligação sexual como um meio de plantar esta semente, ele tenta perverter o que é santo e macular o que é sublime, para degradar a criação, a fim de zombar do Criador”.
Balaão é citado no livro como um exemplo desse aspecto (Números 25). O feiticeiro, não conseguindo amaldiçoar o povo de Israel, induziu-o a prostituir-se com as mulheres moabitas. O texto de Apocalipse 2.14, referindo-se a esse triste episódio, revela a relação entre “idolatria” e “prostituição”.
A família é o alvo da imoralidade, mas “Deus estabeleceu o relacionamento sexual como a consumação física de uma aliança responsável entre um homem e uma mulher que, movidos pelo amor, assumem um compromisso de viver um para o outro e ambos juntos com o propósito de estabelecer uma nova célula familiar na Terra, dentro dos padrões divinos de santidade”, ressalta Valnice. Todo pecado de imoralidade é um atentado contra o plano de Deus para a família.
Valnice sintetiza a lista de pecados sexuais na expressão: “Relações sexuais ilícitas” (1Co 6.9-10). Daí a autora faz uma classificação desses pecados em sete tipos:
• Adultério – Êx 20.14. “Qualquer relação extra-matrimonial”. Aprisiona a alma do homem. Para se evitar esse pecado, é preciso ter o coração ligado ao Senhor e ao cônjuge.
• Bestialismo – Dt 27.21. Esse horrendo ato faz o homem descer tão baixo quanto um animal irracional, escravizando-o e bestializando-o.
• Incesto – Dt 27.22-23; 1Co 5.1-5.
• Homossexualismo – Rm 1.26-32.
• Imoralidade virtual – Tão grave quanto a imoralidade praticada convencionalmente porque se consuma dentro do coração.
• Pedofilia – Um ato absurdo cometido contra crianças que as marca profundamente na alma.
• Pornografia – Existe uma pesada indústria nessa área alimentando a degeneração dos valores morais, a impureza dos olhos e da mente e tem servido para explorar, da forma mais vil e abominável, o corpo físico, valendo-se de vídeos, filmes, cinemas, shows etc.
A autora assegura que “para cada tipo de pecado da carne, há uma força demoníaca correspondente”, e adverte: “Quem repetidamente se entrega a tais pecados, termina totalmente escravizado e possuído por esses seres demoníacos”.
No tópico “A Feitiçaria Opera Nas Casas”, a autora aborda a forma como a feitiçaria opera nas casas, fazendo que influências malignas operem e se instalem nos lares. O lugar onde as famílias habitam tornam-se centros de adoração a outros deuses pela prática das diversas manifestações da feitiçaria, atraindo toda sorte de maldição. Após descrever de que forma a feitiçaria e a imoralidade são trazidas para dentro das casas, Valnice apresenta o antídoto: “Transformar as casas em lugar de adoração e divulgação da Palavra de Deus, restaurando os verdadeiros valores de santidade da família. Essa é a proposta da igreja celular”.
Quanto à feitiçaria, entendida como a prática de manipular ou controlar por meio de amuletos, feitiços etc., Valnice lembra a figura de Jezabel, mulher do rei Acabe, que levou Israel a desviar-se de Yahweh:
• Jezabel é símbolo de sedução (Ap 2.20-22) – Valnice critica a forma como a sensualidade tomou a nação e infiltrou-se na igreja, sendo até aceitada como normal. Sensualidade esta que é liberada pela forma de se vestir, por exemplo. O propósito é destruir a família.
• Jezabel é assassina de unção – “Quando não mata um profeta, o isola na caverna”. O profeta denuncia o pecado, por isso Jezabel ataca tanto esse ministério (1Re 18.3,4,13). Ela promove histeria e calúnias por meio de manipulação (1Re 21.11,15).
• Ela trabalha com a intimidação – Faz isso liberando decretos de morte para intimidar profetas e removê-los do campo de batalha (1Re 9.2).
• Remove a autoridade do sacerdote no lar – Na igreja, remove a autoridade pastoral. A omissão é um instrumento de roubo dessa autoridade. Quando há um vazio de autoridade, Jezabel usurpa a mesma. “Controlando o sacerdote, influencia e domina todos os membros da família. (…) Um sacerdote posicionado , reconhecendo seu lugar de autoridade, e não se curvando diante de nenhuma sedução, é segurança para o lar, a igreja e a nação”.
• Jezabel alimenta-se da sensualidade – Transforma as mulheres em objeto de sedução e destruição de lares e igrejas.
Valnice, então, dirige-se às mulheres cristãs e faz-lhes uma veemente convocação:
“Todas as mulheres cristãs deveriam se levantar e executar sua vingança contra Satanás, adotando uma atitude oposta, recusando-se terminantemente a ser ninfa de Jezabel, rejeitando com todas as forças da sua alma o transformar-se em objeto de manipulação desse espírito. Mulheres santas, sóbrias modestas, tementes a Deus e se comportando de modo digno no vestir, no falar, no olhar e no se conduzir”.
Valnice encerra o capítulo enfatizando que a adoração em santidade é a contraposição à idolatria e à imoralidade:
“Santidade, portanto, é o grande toque do shofar de Deus para a Sua Igreja”
janeiro 18th, 2011 at 18:43
Eu quero ser a vingança de Deus nesta terra contra satanás!